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Prevenção do Câncer

Saúde - 17/03/2016

A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.
• O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui a adoção de um modo de vida saudável e evitar a exposição a substâncias causadoras de câncer.
• O objetivo da prevenção secundária do câncer é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.

Fatores de risco
O termo "risco" é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, desenvolver uma doença. Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco.

O mesmo fator pode ser de risco para várias doenças – o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Vários fatores de risco podem estar envolvidos na origem de uma mesma doença. Estudos mostram, por exemplo, a associação entre álcool, tabaco e o chimarrão e o câncer da cavidade oral.

Nas doenças crônicas, como o câncer, as primeiras manifestações podem surgir após muitos anos de uma exposição única (radiações ionizantes, por exemplo) ou contínua (no caso da radiação solar ou tabagismo) aos fatores de risco. A exposição solar prolongada sem proteção adequada durante a infância pode ser uma das causas do câncer de pele no adulto.

Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural.

Os principais fatores de risco para o câncer são:
• Tabagismo
• Hábitos alimentares
• Obesidade
• Hábitos sexuais
• Fatores ocupacionais
• Consumo de bebidas alcoólicas
• Exposição solar
• Radiações
• Medicamentos

Tabagismo
O tabagismo é o maior fator de risco evitável de adoecimento e morte no mundo.
O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer (pulmão, cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemias) e é responsável por cerca de 30% das mortes por câncer.

O principal câncer associado ao tabagismo é o de pulmão. Fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter esse tipo de câncer que não fumantes, 10 vezes mais chances de ter câncer de laringe e de duas a cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de esôfago.

Não há limite seguro para o uso do tabaco.

Hábitos alimentares
A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que poderia ser prevenida, atrás apenas do tabagismo. Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente os de mama, cólon e reto, próstata, esôfago e estômago.

Existem alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar e realçar o sabor de alguns alimentos industrializados, como carnes processadas (salsicha, linguiça, presunto, bacon, entre outros), picles e alguns tipos de enlatados, transformam-se em nitrosaminas no estômago.

Os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.
Os alimentos preservados em sal, como carne de sol, charque e peixes salgados, também estão associados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde seu consumo é comum. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos.

Cuidados ao preparar a comida
O modo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Tente adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos naturais como por exemplo alho, cebola, salsa e cebolinha. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5g de sal (ou 2g de sódio por dia), o equivalente a uma colher de chá.

Fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas pode criar compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e colorretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.

Fibras
Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras (baixo consumo de frutas, legumes e verduras, grãos e sementes) está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto. Uma possível explicação é que sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal.

Obesidade
Sobrepeso, obesidade e o ganho de peso na fase adulta estão associados a cânceres no esôfago, pâncreas, cólon, reto, mama (na pós-menopausa), endométrio, ovário, rim, vesícula biliar e fígado. O excesso de gordura no corpo provoca um processo de inflamação crônica e aumenta a produção de hormônios que podem causar danos às células saudáveis, provocando ou acelerando o surgimento da doença.

Fatores genéticos desempenham um papel na determinação da suscetibilidade da pessoa para o ganho de peso. No entanto, são os fatores ambientais, tais como hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, que geralmente favorecem o surgimento da obesidade.

Hábitos sexuais
Certas características de comportamento sexual aumentam a chance de exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis.

A precocidade do início da vida sexual, bem como a variedade de parceiros, tanto da mulher como do seu companheiro, estão relacionados ao maior risco de câncer do colo do útero, o que sugere que os hábitos sexuais contribuem para a propagação de agentes sexualmente transmissíveis, capazes de induzir o câncer.

Veja alguns tipos de vírus com potencial carcinogênico que podem ser transmitidos sexualmente:
• o papilomavírus humano (HPV) está relacionado ao câncer do colo do útero;
• o vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana), associado a outros tipos de vírus, como o citomegalovírus e os herpesvírus I e II, pode desencadear o aparecimento de sacoma de Kaposi, câncer de língua e de reto, respectivamente, em pacientes portadores de Aids;
• o vírus HTLV-I está associado a leucemias e ao linfoma de linfócitos T;
• o vírus da hepatite B está associado ao câncer de fígado.

Fatores ocupacionais
A má qualidade do ar no ambiente de trabalho é um fator importante para o câncer ocupacional. A exposição dos trabalhadores ao ar poluído, durante oito horas por dia, traz riscos para a saúde.

São exemplos de agentes cancerígenos em ambiente de trabalho:
• Amianto encontrado em materiais como telhas e caixas d´água
• Aminas aromáticas, utilizadas como intermediárias na produção de corantes e pigmentos e ou como pigmentos propriamente. São também usadas como intermediárias nas indústrias farmacêutica, química têxtil e fotográfica, na fabricação de borracha e em produtos cosméticos
• Agrotóxicos
• Metais como arsênio, berílio, cadmio, cromo e níquel
• Formaldeído, muito utilizado em resinas sintéticas, fenólicas, uréicas e melamínicas nas indústrias de madeiras, papel e celulose; em abrasivos, plásticos, esmaltes sintéticos, tintas e vernizes; na indústria têxtil e de fundição; em adesivos, isolantes elétricos, lonas de freio
• Benzeno, encontrado no óleo cru, na gasolina e na fumaça do cigarro. Utilizado como intermediário na produção de plásticos, resinas e algumas fibras sintéticas, bem como na produção de borrachas, lubrificantes, tintas, detergentes e agrotóxicos.

O câncer provocado por exposições ocupacionais geralmente atinge regiões do corpo que estão em contato direto com as substâncias cancerígenas, seja durante a fase de absorção (pela pele ou aparelho respiratório) ou de excreção (aparelho urinário), o que explica a maior frequência de câncer de pulmão, de pele e de bexiga nesse tipo de exposição. O amianto (asbesto) tem o mesotelioma de pleura como neoplasia maligna especificamente relacionada a essa exposição.


Consumo de bebidas alcóolicas
O uso de bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de câncer de cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, fígado, mama, colorretal em homens, e, possivelmente colorretal em mulheres. Além disso, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode provocar disfunções como violência, suicídio e acidentes de trânsito, dependência química e outros problemas de saúde como cirrose, pancreatite, demência, polineuropatia, miocardite, desnutrição, hipertensão arterial e infarto.

Apesar de o álcool não ser um carcinogênico de ação direta, um de seus metabólitos – o acetaldeído – pode atuar como promotor da formação de tumores. Não há nível seguro de consumo de álcool relacionado ao câncer. Mulheres grávidas, crianças, adolescentes e pessoas com histórico de alcoolismo não devem ingerir bebida alcoólica.

Pessoas que consomem diariamente mais de seis doses de bebida com elevado teor de álcool apresentam probabilidade dez vezes maior de desenvolver o câncer bucal, quando comparados com os que não bebem. Alcoólicos fumantes têm 100 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença.

Exposição solar
A exposição solar excessiva é o principal fator de risco para o câncer de pele. No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o tumor mais frequente em ambos os sexos.

As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e frequente constituem o grupo com maior risco de contrair câncer de pele, principalmente aquelas de pele, cabelo e olhos claros.

Habitualmente, crianças se expõem anualmente ao sol três vezes mais que adultos. Pesquisas indicam que a infância é uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol e a exposição cumulativa e excessiva durante os primeiros 10 a 20 anos de vida aumenta muito o risco de câncer de pele na fase adulta ou velhice.

O clima tropical, a grande quantidade de praias, a ideia de beleza associada ao bronzeamento, principalmente entre os jovens, e o trabalho ao ar livre (por exemplo, na construção civil e na lavoura) favorecem a exposição excessiva à radiação solar.

Radiações

Radiações de certos comprimentos de onda, chamadas de radiações ionizantes, têm energia suficiente para danificar o DNA das células e causar câncer. Elas podem ser classificadas com não evitáveis (naturais) e evitáveis (não naturais). Para a maioria das pessoas, a exposição natural contribui com a maior parte da exposição à radiação ionizante. As duas maiores fontes de radiações ionizantes naturais são os raios cósmicos e a radiação proveniente da crosta terrestre.

As radiações ionizantes não naturais são encontradas na área de saúde - radiografia (raios X), tomografia, mamografia, radioterapia, medicina nuclear, braquiterapia - e na indústria nuclear, para geração de energia e nas armas nucleares. O risco de câncer proveniente dessa exposição depende da dose, da duração da exposição, da idade em que se deu a exposição e de outros fatores como, por exemplo, a sensibilidade dos tecidos frente aos efeitos carcinogênicos da radiação.

Estudos feitos com sobreviventes da explosão das bombas atômicas e pacientes que se submeteram à radioterapia mostraram que o risco de câncer aumenta em proporção direta à dose de radiação recebida, e que os tecidos mais sensíveis às radiações ionizantes são o hematopoético (medula óssea), o tiroidiano, o mamário e o ósseo. As leucemias ocorrem entre dois e cinco anos após a exposição, e os tumores sólidos surgem entre cinco e 10 anos depois.

O risco de desenvolvimento de um câncer é significantemente maior quando a exposição à radiação aconteceu na infância. Pessoas que trabalham na indústria nuclear ou próximo a equipamentos que emitem radiação (por exemplo, em instituições médicas ou em laboratórios) estão expostos a esse fator de risco.

Em relação à exposição às radiações por fontes naturais, o radônio merece destaque. Trata-se de um gás natural que tende a se concentrar em ambientes fechados como minas subterrâneas, residências ou locais de trabalho. Uma vez inalado, o radônio é depositado no trato respiratório e está associado ao câncer de pulmão, sendo a segunda causa deste depois do tabagismo. Uma forma de se proteger é manutenção de ambientes ventilados, evitando a concentração desse gás.

Medicamentos
Um pequeno número de medicamentos tem o potencial de induzir o aparecimento do câncer. Dentre eles, o principal grupo é constituido pelos medicamentos utilizados para tratar o câncer. Embora em curto prazo os benefícios superem os riscos, é preciso ficar atento aos possíveis malefícios em longo prazo.

Outros grupos de medicamentos que podem aumentar o risco de câncer são os medicamentos a base de hormônios e os imunossupressores. Medicamentos a base de hormônios podem aumentar os riscos para determinados tipos de câncer ao mesmo tempo em que diminuem o risco para outros (por exemplo, anticoncepcionais apresentam risco aumentado de câncer de mama e cervical e diminuído de câncer de endométrio e ovário).

O total de cânceres induzidos por medicamentos é muito baixo e nos países de baixa e média renda devem ser inferiores ao risco nos países de alta renda pela diferença de disponibilidade e utilização destes medicamentos pela população.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) categoriza 23 medicamentos (ou combinações de agentes) como carcinogênicos para humanos (Grupo 1). Deste grupo de medicamentos, 18 são antineoplásicos, imunossupressores e hormônios. Sempre que o potencial carcinogênico de um medicamento utilizado para condições menos graves do que o câncer é suspeito ou comprovado, deve-se avaliar a sua retirada do mercado ou sua utilização restrita.

Dicas Finais
Faça exames regularmente.
Tenha hábitos saudáveis.
Plano de saúde diminua a preocupação com consultas e exames.


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